O isolamento social durante a pandemia pode ter estimulado um maior interesse de famílias brasileiras pelo homeschooling, ou seja, pelo método educacional promovido pelos pais e não por uma escola. Essa é a observação feita pela Associação Nacional de Educação Domiciliar (Aned), entidade que representa cerca de 11 mil famílias brasileiras.
De acordo com o presidente da associação, Rick Dias, estima-se que atualmente a educação domiciliar esteja sendo praticada em cerca de 30 mil lares do país. “Para se ter uma ideia de como cresceu o interesse pelo homeschooling, entre março e setembro de 2020, recebemos uma média diária de 30 pedidos de informações de famílias interessadas nesse método educacional”, afirma.
O Ministério da Educação (MEC) estima que havia 17 mil famílias nesse contexto antes da pandemia. Não é fácil fazer um levantamento exato porque muitas famílias temem sofrer sanções e denúncias para o Conselho Tutelar ou Ministério Público.
A educação domiciliar ainda não é regulamentada no país. Por lei, as famílias brasileiras são obrigadas a matricular seus filhos em escolas formais entre os 4 e os 17 anos de idade. Por isso, os praticantes do homeschooling muitas vezes são denunciados ao Conselho Tutelar precisam encarar a Justiça. Em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que a educação não pode ser realizada em casa por não haver regulamentação para isso.
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